Sou Ivanilza Felizardo, professora-orientadora da equipe CEFAST BAJA SAE do CEFET-MG e, em nome do capitão da equipe, Gabriel Amaral, e de todos os demais membros, gostarIa de pontuar algumas questões sobre o novo regulamento disponibilizado pela SAE Brasil em 24 de Outubro e efetivo a partir de 01 de Janeiro de 2018 para competições Baja no Brasil.
As observações referem-se aos itens B6.2.2.5.4 e B6.2.12, relacionados, respectivamente, aos membros de raio de dobra menor que 6’’ e SIM.
Reconheçemos as razões das alterações que prezam pela segurança, qualidade e confiabilidade dos veículos. Não somos contra as alterações, entretanto, pontuamos detalhes que as tornam questionáveis ou, ao menos, adiáveis.
Finalizamos a fabricação do CB10, protótipo construído ao longo do ano de 2017 para a 24ª Competição Baja SAE BRASIL. Estamos realizando os últimos testes de validação do protótipo e redigindo o relatório técnico a ser entregue em 18 de dezembro de 2017 (em exatamente 50 dias). A Figura A apresenta a vista superior da parte frontal da gaiola, com o membro SIM esquerdo em azul.
Salientamos que a qualidade do nosso projeto associada ao curto prazo para realizar as alterações necessárias para adequá-lo ao novo regulamento poderá ser altamente comprometida. Esse fato entra em conflito com a segurança proposta pela alteração do regulamento, pois em um prazo tão curto, a possibilidade de um bom trabalho ser realizado é gravemente prejudicada. Existem grandes chances de serem adotadas medidas apressadas, pouco criteriosas e adaptações improvisadas (“gambiarras”), tornando os protótipos menos seguros e confiáveis, mesmo estando adequados ao novo regulamento. Por não querer vivenciar uma situação dessa, caso tenhamos que alterar nosso protótipo para adequá-lo ao novo regulamento, infelizmente, nossas chances de participar da 24ª Competição Baja SAE BRASIL são muito pequenas.
Compreendemos da necessidade de constantes reformações das regras da competição em busca de maior segurança. Nossa pontuação não tem a pretenção de revogar o novo regulamento, mas de chegar a uma solução viável para as equipes que apresentarem os problemas aqui relatados. Nossa proposta é que a data de implementação do regulamento seja reavaliada, pelo menos para os itens citados. Outra possibilidade é que o caso de cada equipe seja avaliado individualmente, sendo analisadas soluções alternativas àquelas apresentadas pelo regulamento. Por fim, acreditamos que o feedback e a comunicação entre as equipes e o comitê é algo de extrema importância e que pode trazer benefícios para ambas as partes.
Certa da compreensão desse comitê,
Subescrevo-me,
Prof. Ivanilza Felizardo
Equipe Cefast Baja - CEFET-MG
