Posicionamento Baja SAE Brasil - Publicações Sexistas
Enviado: Sex Mai 29, 2020 1:01 pm
Na Competição Nacional 2020, foram inscritas 79 equipes, sendo que 70 compareceram, somando um total de 1035 alunos presentes, destes 162 eram mulheres, representando 15,5% do total de participantes. Entre as 162 mulheres, 11 eram capitãs, ou seja, cerca de 14% das equipes inscritas possuem uma mulher a sua frente.
Com relação aos voluntários, tivemos um total de 15 mulheres entre os voluntários formados, 22 entre os não formados (comissários) e 1 mulher no comitê técnico, o que representa, respectivamente, 15,6%, 29,7% e 8,3% em cada um dos seus nichos.
Esses dados nos mostram muita coisa. A primeira e mais nítida é que a participação feminina ainda é baixa. Mas ela é presente. E necessita de ser incentivada.
E é por essa presença e com o intuito de aumenta-la que este tópico está sendo feito. O coletivo “Só as Bajeiras” surgiu como uma necessidade de mostrar presença e apoio entre as mulheres participantes de equipe. Entre os objetivos do coletivo estão: mostrar que EXISTEM mulheres no baja, e mostrar que, no baja, essas mulheres podem quebrar os paradigmas impostos pelas sociedade. Aqui, elas podem ser engenheiras, estudantes, gerentes, capitãs, pilotas, manufatureiras, soldadoras ou projetistas.
Há dois dias, um perfil que representa o baja em escala internacional fez uma postagem dando denotação sexual à participação feminina. Diante disso, surgiu a necessidade do coletivo se posicionar contrário a essa ideia, tão comum quando se pensam em mulheres no automobilismo.
Uma campanha se iniciou chamada “Not My Baja” a fim de repudiar esse tipo de pensamento e reafirmar o posicionamento das mulheres dentro da equipe ou da organização das competições.
Hoje, o nosso pedido aqui é o apoio oficial do Baja SAE Brasil contra esse tipo de pensamento, o apoio ao nosso coletivo. Nós, mulheres bajeiras, enxergamos a necessidade de um posicionamento em âmbito nacional do Baja como forma de repúdio a essa publicação e outras de mesmo cunho.
Pode ser que o Baja SAE Brasil não tenha força suficiente para impactar o cenário mundial, mas é, com certeza, a maior força no cenário nacional. O posicionamento do Baja SAE Brasil perante esse tipo de pensamento demonstra preocupação do projeto em tornar o ambiente mais receptivo às mulheres, demonstra respeito às mulheres que já são participantes e ressalta a importância de quebrar paradigmas preconceituosos, machistas e misóginos.
É importante ressaltar que o projeto Baja SAE Brasil é estudantil e publicações desse tipo tiram o foco e ferem a seriedade do programa. Ainda que a publicação seja feita por uma página não oficial, o seu alcance e a falta de posicionamento de uma página oficial faz com que esse pensamento se torne real.
Esse é um pedido para que haja um posicionamento formal do Baja SAE Brasil.
Obs.: É importante reiterar que, aqui, me faço de ferramenta para transmitir uma demanda não só minha, mas de um grupo de mulheres que compõe o coletivo "Só as Bajeiras".
Com relação aos voluntários, tivemos um total de 15 mulheres entre os voluntários formados, 22 entre os não formados (comissários) e 1 mulher no comitê técnico, o que representa, respectivamente, 15,6%, 29,7% e 8,3% em cada um dos seus nichos.
Esses dados nos mostram muita coisa. A primeira e mais nítida é que a participação feminina ainda é baixa. Mas ela é presente. E necessita de ser incentivada.
E é por essa presença e com o intuito de aumenta-la que este tópico está sendo feito. O coletivo “Só as Bajeiras” surgiu como uma necessidade de mostrar presença e apoio entre as mulheres participantes de equipe. Entre os objetivos do coletivo estão: mostrar que EXISTEM mulheres no baja, e mostrar que, no baja, essas mulheres podem quebrar os paradigmas impostos pelas sociedade. Aqui, elas podem ser engenheiras, estudantes, gerentes, capitãs, pilotas, manufatureiras, soldadoras ou projetistas.
Há dois dias, um perfil que representa o baja em escala internacional fez uma postagem dando denotação sexual à participação feminina. Diante disso, surgiu a necessidade do coletivo se posicionar contrário a essa ideia, tão comum quando se pensam em mulheres no automobilismo.
Uma campanha se iniciou chamada “Not My Baja” a fim de repudiar esse tipo de pensamento e reafirmar o posicionamento das mulheres dentro da equipe ou da organização das competições.
Hoje, o nosso pedido aqui é o apoio oficial do Baja SAE Brasil contra esse tipo de pensamento, o apoio ao nosso coletivo. Nós, mulheres bajeiras, enxergamos a necessidade de um posicionamento em âmbito nacional do Baja como forma de repúdio a essa publicação e outras de mesmo cunho.
Pode ser que o Baja SAE Brasil não tenha força suficiente para impactar o cenário mundial, mas é, com certeza, a maior força no cenário nacional. O posicionamento do Baja SAE Brasil perante esse tipo de pensamento demonstra preocupação do projeto em tornar o ambiente mais receptivo às mulheres, demonstra respeito às mulheres que já são participantes e ressalta a importância de quebrar paradigmas preconceituosos, machistas e misóginos.
É importante ressaltar que o projeto Baja SAE Brasil é estudantil e publicações desse tipo tiram o foco e ferem a seriedade do programa. Ainda que a publicação seja feita por uma página não oficial, o seu alcance e a falta de posicionamento de uma página oficial faz com que esse pensamento se torne real.
Esse é um pedido para que haja um posicionamento formal do Baja SAE Brasil.
Obs.: É importante reiterar que, aqui, me faço de ferramenta para transmitir uma demanda não só minha, mas de um grupo de mulheres que compõe o coletivo "Só as Bajeiras".